No último post (parte 2) eu disse que
devemos trocar o Querer por Fazer, pois quero demonstrar que aquele algo a mais
é o Fazer, e não simplesmente Querer. Mas como demonstrar isso? E, se é tão simples assim, por
que muitos, mesmo fazendo, quando o fazem, ainda não alcançam os seus desejos? A última pergunta realmente fica
difícil de responder sem considerar as diversas variáveis que estão em jogo,
mas a primeira, vou tentar demonstrar nesse e nos próximos posts desse blog. Vamos então analisar palavra por palavra essa nova frase:
FAZER
Essa foi a palavra trocada, e é
aqui que temos que demonstrar.
Fazer significa, a grosso modo,
tornar algo que ainda não existe em algo concreto. E não significa fazer apenas
um produto, mas vale para qualquer coisa. Por exemplo, se você quer viajar,
então a viagem ainda não existe, e passará a ter existido, pelo menos em suas
lembranças, após tê-la feita. A mesma coisa vale em conhecer
alguém.
Se você FAZ, algo se torna real,
mas se NÃO FAZ, não há nada, além do seu querer ou da sua imaginação. Existe até um provérbio muito
utilizado que eu gosto, mas não podemos levá-lo totalmente ao pé da letra: “se
arrependa das coisas que você Fez, e não das coisas que deixou de Fazer”.
Cuidado que há certas coisas que é melhor realmente não fazê-las!!! Para essas
últimas, vai mais uma frase: “cuidado com aquilo que desejas, pois um dia
realmente pode tê-las (sic), e vir a se arrepender...”.
Agora, chega de frases... Antes
que você acredite em filosofia em porta de botequim. (risos)
Vamos a próxima palavra.
É
Como anteriormente, é o verbo
SER, só que agora você já É, e não SERÁ.
- Como assim? - pergunta o grande leitor...
Antes, o querer era apenas um
desejo, ainda em seu consciente, esperando você externá-lo, isto é, esperando
você criar ações para conseguir algo. Já no fazer, você já externou, já
fez alguma coisa (completamente ou não), e já está no caminho para alcançar a plenitude do seu desejo, ou de seu objetivo maior, se ainda não o fez. Fazer algo, ou iniciar, é o primeiro passo de sua longa jornada... Então, isso pressupõe que você teve que SER
alguém com certas qualidades, pelo menos com algumas, por exemplo: negociável,
eficaz, simpático, otimista, motivado, atrevido, ousado...
É claro que certas qualidades
ninguém as têm por completo, mas todos as têm pelo menos latente em nossa
personalidade, prontas para serem despertadas, por nós mesmos.
PODER
Da mesma maneira quando
a analisamos (na parte 1), essa palavra pode ser um estado de Poder – “Eu tenho
o Poder para ...” –, ou a possibilidade de: “Eu agora Posso...”.
Só que nesse caso, eu afirmo que
ela se comporta como as duas coisas. É como a luz que se comporta como
partícula e ou como onda.
E por que isso?
Pois quando você faz algo, ou
começa a fazê-lo, você sabe que alcançará alguma coisa (talvez nem tudo o que
queiras), e isso será algo de concreto para demonstrar, não só a você, mas a outras
pessoas do que você é capaz de fazer! Muitas vezes você consegue fazer
até um certo ponto, pois precisa de, digamos, uma alavancada em dinheiro para o
seu negócio dar certo, ou crescer com sustento. Nesse caso, se você chegar para alguém
com apenas um querer, uma ideia apenas, como essa pessoa saberá que você é
capaz de transformar essa ideia em realidade? Se ela já te conhece, ótimo. Mas mesmo assim, ela provavelmente vai te medir pelo que você já fez, mesmo que tenha sido alguma coisa "pequena" ou diferente do que você atualmente deseja. Mas, como em quase todas as situações prováveis, essa pessoa pode não te conhecer... E aí, como ela vai poder medir sua capacidade? Como ela vai poder confiar um montante de dinheiro, ou seu próprio tempo, para criar junto contigo esse seu querer?
Existem muitos outros meios para
se contornar isso, mas você teria que ter habilidades que talvez nesse momento
ainda não as tenha adquirido ou potencializado. Por isso, quando fazemos,
demonstramos que temos capacidades e virtudes. Então, a pessoa, ou a
instituição, que irá te receber saberá que você tem esse Poder em conseguir e conquistar coisas, e isso será o "algo a mais" para ela
pensar que você realmente Pode
conseguir realizar o seu projeto para alcançar o seu objetivo proposto.
Você deve estar pensando - principalmente se já teve alguma experiência frustrante: “Fazer não é garantia da outra pessoa investir em você, ou
escolhê-la como a melhor opção.”. Claro que não, e já havia dito
isso alguns parágrafos atrás. Mas sem isso, o seu obstáculo será muito maior
para atravessá-lo.
Minimize os seus obstáculos
fazendo primeiro, e, se possível, mais de uma coisa, nem que seja um protótipo, limitado. Comece você fazendo, e não
espere outra pessoa fazer por você. Se não ficar "belo" - do melhor jeito -, que isso seja também um gancho na hora de você demonstrar o seu produto. Diga algo do tipo: "esse é o meu protótipo. Sei que não está 'belo' ainda, e é justamente por isso que eu te procurei. Com sua ajuda posso torná-lo 'belo', ou desejável a outras pessoas!".
Uma outra pergunta que pode surgir
nesse momento: “Como posso demonstrar que sou capaz de fazer algo?”, ou ainda,
“Há certos projetos que preciso de ajuda, financeira ou não, de outras pessoas
para realizá-las, como ficam esses casos?”. Essas e outras perguntas que
podem surgir, serão analisadas ou explicitadas nos próximos posts...
O que temos que perceber nessas 3 partes, é substituirmos a frase "querer é poder" para "FAZER É PODER". É como a famosa frase em inglês "making money" (tradução livre: fazendo dinheiro). Ninguém faz realmente dinheiro, mas o fazer aqui é não fazer o dinheiro, mas fazer algo para conseguir dinheiro (algo honesto, por favor). Isto é melhor do que "ganhar dinheiro". Faça para ganhar, e não espere simplesmente ganhar. Fazendo, você se sentirá mais confiante e demonstrará a outra pessoa o quanto você é capaz de realizar algo, mesmo que esse algo ainda não é o seu produto final, o definitivo, o produto a ser comercializado... Mas esse Fazer é que fará toda a diferença a você mesmo. Inclusive se sentirá mais confiante.
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